Desde o início de maio de 2025, aproximadamente 4 milhões de aposentados e pensionistas do INSS foram vítimas de tentativas de golpes, segundo estimativas do próprio instituto.
As ações criminosas geralmente ocorrem por meio de mensagens prometendo dinheiro fácil ou alertando falsamente sobre supostos problemas nos benefícios previdenciários.
Mensagens fraudulentas frequentemente prometem valores expressivos, como resgate imediato de até R$ 15 mil, bastando poucos cliques para acesso ao dinheiro. Outras abordagens criminosas solicitam dados pessoais e informações bancárias via telefone ou WhatsApp, expondo os beneficiários a riscos de fraude financeira.
A crescente digitalização dos serviços públicos é apontada como uma das causas dessa vulnerabilidade. Muitos aposentados e pensionistas têm dificuldades em operar plataformas digitais, tornando-se alvos preferenciais dos golpistas.
Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf)
Segundo dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2024, apenas 6% dos brasileiros com idade entre 50 e 64 anos demonstraram alto desempenho em testes de habilidades digitais, acertando mais de dois terços das questões propostas.
Quase metade (48%) apresentou baixo desempenho, errando todas ou acertando apenas até um terço das questões, enquanto 46% ficaram em um nível intermediário. Criminosos têm se aproveitado especialmente de casos reais amplamente divulgados sobre descontos indevidos nos benefícios do INSS para aplicar golpes nessa faixa da população.
As mensagens falsas prometem reembolso, liberação de valores ou pedem atualização cadastral urgente, geralmente exigindo informações pessoais ou pagamentos via Pix. Tais abordagens imitam linguagens oficiais, aumentando ainda mais o risco de vítimas caírem nas armadilhas.
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Para evitar esses golpes, é essencial que aposentados e pensionistas estejam atentos e desconfiem de abordagens inesperadas que exigem urgência ou dados pessoais sensíveis.
À luz de situações de risco como essa, para auxiliar idosos na prevenção a golpes digitais, o Prof. Paulo Sergio Rodrigues, pesquisador da área de Ciência da Computação da FEI (Fundação Educacional Inaciana), compartilha orientações para o dia-a-dia voltadas a esse público e familiares.
Dicas de segurança:
- Nunca informe senhas ou dados pessoais por telefone, e-mail ou mensagens.
- Desconfie de promessas de dinheiro fácil ou mensagens com tom de urgência.
- Não clique em links recebidos por WhatsApp, SMS ou e-mail sem confirmar a fonte.
- Ative a verificação em duas etapas no app Meu INSS e no gov.br para deixar sua conta mais segura.
- Não instale aplicativos enviados por desconhecidos.
- Use apenas os canais oficiais – Meu INSS, site gov.br, telefone 135 ou agências físicas.
- Nunca salve senhas no navegador ou anote em papéis deixados à vista.
- Caso precise sempre peça ajuda antes de aceitar qualquer proposta online.
- Mantenha o celular com bloqueio de tela por senha, digital ou padrão de desbloqueio (padrão de desenho).
- Desative mensagens e alertas que aparecem na tela antes de desbloquear o celular. E só instale aplicativos da loja oficial (Play Store ou App Store), nunca de links enviados por mensagens.
- Em caso de dúvida, desligue o telefone ou ignore a mensagem e procure um familiar.
“Mais do que prevenir fraudes, essas ações ajudam a fortalecer a autonomia dos idosos no ambiente digital. A educação para o uso seguro da tecnologia deve ser tratada como prioridade — tanto por famílias quanto por políticas públicas. Ao adotar medidas simples no dia a dia, é possível criar uma rede de proteção mais eficaz e consciente”, afirma o professor da FEI.
Sobre a FEI:
Com mais de oito décadas de tradição, a FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros) se destaca entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharia.
Referência em gestão, inovação e tecnologia, a FEI já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana, sustentável e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão.
Por: CDI Comunicação