A comissão externa sobre obras inacabadas no País promoveu audiência pública na última sexta-feira (30) para debater obras inacabadas na Plataforma +Brasil com recursos da União.

Foto Renato Alves / Agência Brasília

Plataforma +Brasil

A Plataforma +Brasil é uma ferramenta destinada à informatização e à operacionalização das transferências de recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União a órgãos ou entidades da administração pública estadual, distrital, municipal, direta ou indireta, consórcios públicos e entidades privadas sem fins lucrativos. A consulta é gratuita e aberta a qualquer usuário.

Um dos destaques da reunião foram as novas funcionalidades da Plataforma +Brasil tais como Cadastro Integrado de Projetos de Investimentos(CIPI) e o módulo de obras que visam automatizar toda documentação desenvolvida no andamento das obras, que passará a ser incluída diretamente pela empresa no sistema.

A grande entrega que vamos fazer agora em Maio é ampliar esse processo que é a licitação com planilhas que foram aprovadas, e o acompanhamento físico da obra que antes eram feitos fora da Plataforma” afirmou a diretora do Departamento de Transferências da União do Ministério da Economia, Regina Lemos de Andrade

Diagnóstico de Obras Paralisadas no Brasil

A Controladoria Geral da União(CGU) esteve presente e deu destaque para um diagnóstico de obras paralisadas no Brasil realizado desde dezembro de 2019 até o presente momento. Os instrumentos paralisados até momento são 10.916 totalizando um valor de aproximadamente R$ 165,9 bilhões de reais.

Segundo este levantamento 76,7% destas obras possuem valor inferior a R$ 1,5 milhões;

63,9% destas obras paralisadas estão em municípios com população menor que 50 mil habitantes.

Os principais tipos de obras paralisadas são: pavimentações, calçamentos urbanos, escolas, creches, campos e quadras de esportes

Os maiores motivos de paralisação das obras segundo este diagnóstico da CGU são:

– Titularidade / Desapropriação;

– Ambiental e outras licenças;

– Interesse Administrativo;

– Questionamentos de Órgãos de Controle;

– Ação judicial ou MP;

– Dificuldade Técnica do Proponente;

– Orçamentário / Financeiro;

– Contrato rescindido;

– Desistência ou abandono da obra pela empreiteira;

– Problemas Técnicos na Execução

Nós fizemos diversas ações de controle em conjunto com o Ministério da Economia, tais como inteligência artificial na análise de prestação de contas(instrução normativa interministerial ME/CGU/05/2018 e 01/2019); auditoria em restos a pagar, e conseguimos cancelar diversos restos a pagar em convênios extintos para poder alocar esses recursos em obras que de fato necessitavam de implemento financeiro”. diretor de Auditoria de Governança e Gestão da Controladoria-Geral da União (CGU), José Gustavo Lopes Roriz.

Foram convidados para a audiência pública:

– o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Rocha Heckert;
– a diretora do Departamento de Transferências da União do Ministério da Economia, Regina Lemos de Andrade;
– a coordenadora-geral de Programas Especiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Patrícia Costa Dias;
– o representante da Coordenação-Geral de Infraestrutura Educacional do FNDE, Gabriel Basso Menna Barreto Gomes;
– o diretor de Auditoria de Governança e Gestão da Controladoria-Geral da União (CGU), José Gustavo Lopes Roriz;
– o representante do Ministério da  Infraestrutura Fernando André Coelho; e
– o gerente Nacional de Padronização e Normas Técnicas de Governo da Caixa Econômica Federal (CEF), Luciano Pires da Silva;
– o gerente Nacional de Soluções em Operações do Governo da Caixa Econômica Federal, Heberth Percope Seabra. O requerimento para a realização da audiência pública é de autoria do relator, deputado Zé Silva (Solidariedade-MG)

Assista à Reunião na Câmara

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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