Relator do projeto que regulamenta os salários que devem ficar de fora do teto do funcionalismo público (PL 6726/16), o deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), estima que aprovação desta proposta deva gerar uma economia de pelo menos R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
“Pode ser até mais, já que existe um estudo do Senado que prevê economia de até R$ 10 bilhões, considerando também os gastos de estados e municípios”, afirmou ele, em entrevista à Rádio Câmara.
Teto para os servidores federais
O teto para os servidores federais atualmente, é de R$ 39.293,32, e também existem em estados e municípios os subtetos conforme previsto na Constituição Federal. O relator explica que esta proposta visa definir melhor as parcelas que poderão extrapolar o teto; a decisão hoje fica a critério de cada Poder, sem uma regra clara que justifique salários acima do permitido em Lei.
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“A Constituição determina que as parcelas indenizatórias, ou penduricalhos, que podem extrapolar o teto estejam definidas em lei. E é isso que estamos fazendo”, disse.
O deputado adiantou que não poderá ser alterado, o que já estiver definido em lei, como por exemplo: décimo terceiro(13º) salário e verbas indenizatórias devidas a militares previstas na reforma da Previdência. Até mesmo alguns benefícios previstos na Constituição, como o auxílio-creche, terão uma “trava” que limite o valor.
“Tem lugar que paga R$ 1 mil, em outro R$ 2 mil e até R$ 3 mil. Estamos colocando um basta nisso”, disse.
O relatório
Bueno foi relator da proposta na comissão especial criada para analisar o projeto em 2016. Na época, ele apresentou um substitutivo que alterava o projeto aprovado no Senado, mas o texto não chegou a ser votado.
O deputado informou que apresentaria novo substitutivo aos líderes partidários. A expectativa dele é que o Plenário aprove requerimento para que o projeto tramite em regime de urgência, de modo que o texto possa ser votado até a semana que vem.
O relatório apresentado por Rubens Bueno em 2018 definia 30 tipos de pagamentos considerados indenizações, direitos adquiridos ou ressarcimentos. Pela proposta, as regras seriam válidas para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em todas as esferas de governo (federal, estadual, distrital e municipal) – o que inclui Ministério Público, Defensoria Pública, contratados temporários, empregados e dirigentes de empresas públicas que recebem recursos dos governos (dependentes) para pagar salários e custeio, militares e policiais militares, aposentados e pensionistas.
Fonte: Agência Câmara de Notícias