O relator do orçamento disse que a decisão foi tomada após reflexões entre lideranças e as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado
O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator-geral do orçamento havia apresentado durante a votação no congresso, uma complementação de voto na qual é remanejado cerca de R$ 26,5 bilhões. Este valor deveria ser distribuído entre Ministérios. Os maiores favorecidos seriam Ministério Desenvolvimento Regional e o Fundo Nacional de Saúde, com R$ 10,2 bilhões e R$ 8,3 bilhões respectivamente. Os recursos para o MDR geraram muitas críticas durante a semana pois são destinados a emendas para realização de obras de infraestrutura.
O relator-geral da proposta do Orçamento da União deste ano, senador Márcio Bittar (MDB-AC), anunciou que cancelará R$ 10 bilhões em emendas que apresentou tão logo o texto seja sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
“As programações que serão canceladas referem-se às solicitadas pelo próprio Executivo, alocados em áreas de infraestrutura, desenvolvimento regional, cidadania, Justiça, agricultura, turismo e ciência e tecnologia”, disse.
Márcio Bittar (MDB-AC) sugeriu ainda uma melhora no PIB nacional de 3,2% em 2021. Comparado à queda de 4,1% em 2020 o cenário é bem otimista.
A meta fiscal para 2021 ficou definida com um deficit de R$ 247,1 bilhões para o Governo Central, inclusos também o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência. O valor do deficit ano passo foi de R$ 743,1 bilhões.
Acordo Chancelado
Após acordo chancelado pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a proposta orçamentária foi aprovada na quinta-feira (25). O presidente Jair Bolsonaro tem até meados de abril para sancioná-la ou não.
Na última quarta-feira (31), o relator-geral disse que a decisão foi tomada após reflexões entre lideranças e as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. O texto aprovado vinha recebendo várias críticas de parlamentares.
Entre outros, os principais questionamentos envolvem o corte de R$ 13,5 bilhões em despesas obrigatórias e outros gastos subestimados. Para analistas, o dia a dia da administração pública poderá ser afetado pela falta de dinheiro.
Fonte: Agência Câmara de Notícias