Cerca de 24 milhões de trabalhadores brasileiros com registro formal de emprego terão a oportunidade de retirar um total de R$ 22,6 bilhões em abono salarial entre fevereiro e agosto de 2024, conforme anunciado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
A decisão, tomada nesta quarta-feira (13), define o cronograma de pagamentos dos programas PIS (Programa de Integração Social) e Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) para o referido ano.
O Codefat esclareceu que o benefício será concedido a aproximadamente 24,67 milhões de trabalhadores em todo o território nacional.
Destes, 21,95 milhões atuantes no setor privado serão beneficiados com R$ 19,8 bilhões provenientes do PIS, enquanto os restantes 2,72 milhões – incluindo servidores públicos, funcionários de empresas estatais e militares – terão acesso a R$ 2,7 bilhões através do Pasep. Os pagamentos do PIS serão realizados pela Caixa Econômica Federal, e os do Pasep, pelo Banco do Brasil.
A distribuição dos pagamentos seguirá o padrão habitual, dividindo-os em seis lotes. Para o PIS, a divisão se baseará no mês de nascimento dos beneficiários, e para o Pasep, no dígito final do número de inscrição.
Os saques começarão conforme as datas estabelecidas para liberação de cada lote, finalizando em 27 de dezembro de 2024. Após essa data, será necessário aguardar um novo anúncio do Ministério do Trabalho e Previdência para realizar o saque.
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, 5 anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.
Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2022. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 108,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio.
Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, previsto para R$ 1.413 no próximo ano, segundo o relatório setorial do Orçamento Geral da União de 2024.
Saque do PIS, pago pela Caixa
Para trabalhadores de empresas privadas
Nascidos em Recebem a partir de Recebem até
Janeiro 15/2/2024 27/12/2024
Fevereiro 15/3/2024 27/12/2024
Março e abril 15/4/2024 27/12/2024
Maio e junho 15/5/2024 27/12/2024
Julho e agosto 17/6/2024 27/12/2024
Setembro e outubro 15/7/2024 27/12/2024
Novembro e dezembro 17/8/2024 27/12/2024
Saque do Pasep, pago pelo Banco do Brasil
Para quem trabalhou em empresas públicas
Final da inscrição Recebem a partir de Recebem até
0 15/2/2024 27/12/2024
1 15/3/2024 27/12/2024
2 e 3 15/4/2024 27/12/2024
4 e 5 15/5/2024 27/12/2024
6 e 7 17/6/2024 27/12/2024
8 15/7/2024 27/12/2024
9 17/8/2024 27/12/2024
Fonte: Codefat
Pagamento
Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.
Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.
Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.
O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil.
O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade nos terminais de autoatendimento e no portal www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.
Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu a recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente 2 anos após o trabalho com carteira assinada.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília.