Confederação ouviu autoridades sanitárias em 2,9 municípios
Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios(CNM), pode haver falta de remédios do kit intubação em pelo menos 975 municípios brasileiros. O risco é que os estoques das prefeituras e dos sistemas regionais de saúde fiquem sem a possibilidade de intubar pacientes com a falta destes remédios que são usados em pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.
Entre as 2.938 cidades consultadas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM); 33,2% disseram haver risco de desabastecimento mediante o avanço nos casos de Coronavírus. Os municípios que não responderam à pesquisa representam um total de 6,5% pouco mais de 190. O levantamento mostrou também que 60,3% das cidades até o momento da pesquisa ainda não tinham problemas no abastecimento dos Kits.
Na última semana autoridades de 1.207 municípios manifestaram preocupação em relação ao desabastecimento do kit intubação, o que totalizaria 38,1% das entidades entrevistadas. Neste sentido, houve uma queda tanto em números absolutos quanto no percentual da amostra analisada pelo estudo.
Oxigênio
Dentre as cidades pesquisadas, 391 prefeituras disseram haver possibilidade de faltar oxigênio para internação de pacientes com covid-19 caso se mantenha o nível de internações. Este número corresponde a 13,3% das autoridades locais ouvidas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Prefeituras que não responderam à pesquisa 63 ou 2,1%, já 84,5% mencionaram estar bem abastecidas neste momento não havendo risco de falta do produto.
Em relação ao perguntado sobre o kit intubação, esta parte da pesquisa mostra uma preocupação menor sobre desabastecimento, quando tal possibilidade foi relatada por 589 prefeituras, o equivalente a 18,7% dos ouvidos naquele levantamento. Na outra semana, o índice havia sido ainda maior, de 23,4%.
Vacinas
Passados alguns meses da campanha de vacinação a pesquisa quis saber pela primeira vez, sobre registro e o envio de informações em casos de mortes decorrentes do coronavírus.
Neste caso das 2.938 autoridades municipais ouvidas 78,9% dizem estar alimentando os dados no mesmo dia das ocorrências, outras prefeituras 413 (14,1%) mencionaram que fazem alimentação dos dados de forma semanal, enquanto 2.377 (80,9%) informaram fazer o procedimento duas ou mais vezes durante a semana.
Sobre a atualização, 2.181 (74,2%) disseram que o envio dos dados é instantaneamente atualizado no sistema de informações do Ministério da Saúde e 598 (20,4%) relataram que isso não ocorre.
A CNM solicitou também informações das autoridades referentes ao estoque da segunda dose de vacina, que foi respondido da seguinte forma para 1.449 (49,3%) os estoques estão se mantendo regulares, já para 1.426 (48,5%) os estoques não estão cobrindo de forma satisfatória o cronograma nacional de vacinação.
Entre os quase 3 mil municípios ouvidos, 2.852 (97,1%) informaram que poderiam aumentar o ritmo de vacinação se recebessem mais doses. Conforme a CNM, 1.516 (51,6%) disseram que os frascos não estão rendendo as 10 doses, mas 1.338 (45,5%) afirmaram que o recipiente garante este quantitativo de doses.
Nova remessa
Em nota, o Ministério da Saúde informou que mais 2,3 milhões de medicamentos dokit intubação começaram a ser distribuídos na última sexta-feira (16). Os insumos foram adquiridos na China e doados ao governo federal por empresas como Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen.
“Com esta doação, nós conseguimos garantir, conforme os dados enviados, pelo menos dez dias de abastecimento em relação ao bloqueador neuromuscular, analgesia e sedação por midazolam, e 15 dias com propofol. O estado é o responsável, junto aos municípios, para fazer a redistribuição em sua própria rede assistencial”, ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto.
Fonte: CNM / Agência Brasil